Penso, então, que a concepção do outro nos revela a existência do lado de fora. Acho que deve ser assim ao habitarmos o Pedregulho. Perceber não só sua estrutura esquelética, mas suas vísceras, o seu caldo grosso, o seu movimento interno, e tentar participar dele promovendo descontinuidades que ecoarão buscando uma harmonia sempre no sentido de contribuir para uma re-significação do cotidiano. Dessa forma, acredito nessa tentativa de transformação do espaço de forma sutil e lírica, poética. Gosto das miudezas do movimento, da timidez da forma. Da força que o escondido revela. Atrás disso, me arrasto no chão. E pelo chão vou encontrando, na poeira, como diria Manoel de Barros, todo o frêmito vital. São grãozinhos de sonhos que estimulam a capacidade criadora. Como sonhos podem ser feitos de qualquer coisa, às vezes faço-os de pano, outras de palavras, potencializo-os nos gestos, às vezes escondo para outro achar, outras revelo uma face para que o outro também comece a sonhar.
Encontrar miudezas poéticas nas formas simples de “se virar” na correria do cotidiano encontrando maneiras de distender o tempo. Como podem se tornar engraçadas essas resoluções. Mas um engraçado singelo.
Encontrar miudezas poéticas nas formas simples de “se virar” na correria do cotidiano encontrando maneiras de distender o tempo. Como podem se tornar engraçadas essas resoluções. Mas um engraçado singelo.
maíra maia
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