domingo, 15 de novembro de 2009

KAZA ÀS KOMPRAS







2 comentários:

  1. "(...)Nas cidades, os olhos não vêem coisas, mas figuras de coisas que significam outras coisas. Ícones, estátuas, tudo é símbolo. Signos urbanos, como as placas, letreiros, anúncios... Na natureza, a paisagem é muda, árvores e pedras são apenas aquilo que são. Aqui, porém, tudo é linguagem, tudo se presta de imediato à descrição, ao mapeamento da cidade. O olhar percorre as ruas como se fossem páginas escritas: a cidade diz como se deve vê-la. Como é realmente a cidade sob esse carregado invólucro de símbolos, o que conta e o que esconde, parece impossível saber.

    (...)Um esforço para dar conta do aspecto sensível das coisas, de tudo aquilo que não é dizível. Sair na perseguição daquilo que escapa à expressão, da infinita variedade das coisas mais humildes e contingentes. Um aproximar-se das coisas com discrição e cautela, respeitando o que as coisas comunicam sem o recurso das palavras. Desenvolver o poder de evocar imagens in absentia. Imagens de tudo aquilo que não é, mas poderia ter sido. Imagens que não constem do repertório disponível, cada vez mais confundido com nossa experiência direta. ‘Fazer falar o que não tem palavra, o pássaro que pousa no beiral, a árvore na primavera e a árvore no outono, a pedra, o cimento, o plástico..."

    trechos de

    Ver o invisível: a ética das imagens

    Nelson Brissac Peixoto (In: A ética. pp. 301-319)

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  2. A Kaza tem enchido meu coração. Sempre que posso visito os blogs com edições das ocupações(detesto quando rima *edições/ocupações*, mas às vezes a gente não consegue fugir disso). Tá sendo um deleite e tanto acompanhar o processo pedregulho. Já disse antes: a vontade de estar aí é sincera, grande, contagia a cabeça e, de novo, o coração. Pena que vcs não ficarão por aí mais tempo, porque estava com grande desejo de mandar umas cartas pro 613 escritas pela meninada da escola(onde trabalho)! Bjs a todos, e obrigada por tudo o que essas experiências, ainda que indiretamente, têm causado sobretudo(e de novo) no meu coração!

    Com carinho!
    Cristina Borges

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